No evento de abertura da Tecnoshow, o ministro da
agricultura comentou o imbróglio do Fundo Rural e as repercussões da Operação
Carne Fraca.
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Blairo Maggi, os próximos meses serão difíceis para a agropecuária brasileira.
Presente no evento de abertura da Tecnoshow, em Rio Verde,
ele listou os reflexos da Operação Carne Fraca e a polêmica em torno do Fundo
de Assitência ao Trabalhador Rural (Funrual) como desafios a serem enfrentados.
“Temos um futuro imediato não muito animador, mas nós já passamos por crises
muito piores que essa e não tínhamos a força política que temos hoje”, afirmou,
citando a frente parlamentar ruralista no Congresso.
Segundo o ministro, a bancada ruralista, que tem em sua
composição diversos deputados e senadores goianos, tem atuado junto ao governo
no sentido de ajudar os agropecuaristas a superar esse momento, principalmente
no que diz respeito do Funrural, que teve sua cobrança considerada
constitucional pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na última
quinta-feira (31). Com isso, os produtores rurais terão de contribuir com 2,3%
do valor bruto de sua receita anual ao fundo, que é uma previdência do
trabalhador do campo.
Quanto à Operação Carne Fraca, Blairo ressaltou que o
processo de embargo que o Brasil sofreu por parte de diversos países é
compreensível, visto a forma com que o caso foi repercutido. Por isso mesmo,
ele pediu responsabilidade aos produtores, já que, conforme explanou, apenas a
sinceridade e a transparência poderiam trazer de volta a confiança de mercados
pelos quais o País lutou muito para conquistar.
O ministro reiterou que o governo está há quase três semanas
buscando mitigar os efeitos da crise. Para ele a resposta até então tem sido
“bastante efetiva”, lembrando que vários mercados que estavam fechados voltaram
a abrir as portas à carne brasileira.
“Agora vem uma etapa mais difícil, que é a de reconquista da
confiança do consumidor ao redor do mundo e também do Brasil”, destacou. “Nossa
imagem ficou bastante arranhada, então agora trabalhamos para recuperá-la”,
acrescentou Maggi.
Mineiros
O ministro também comentou a situação do frigorífico da BRF
Perdigão em Mineiros, que foi fechada no dia 17 de março, na deflagração da
Operação Carne Fraca. No município, a empresa é uma das maiores geradoras de
emprego.
“Depois da interdição, a conclusão que se chegou é que o
problema não está na planta do frigorífico. A contaminação está vindo do campo”,
afirmou, ressaltando que já está sendo executado um sistema de monitoramento
para rastrear a origem exata do problema.
Fonte: Mais Goiás
Foto: Giulianna Conte
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