Foi realizado nesta quarta-feira
(22/3) o julgamento de Sueide Gonçalves da Silva, e seu filho, Willian Divino
da Silva Moraes, pelo crime de homicídio triplamente qualificado contra a
cozinheira Marizete de Fátima Machado, ocorrido em março de 2015. Na sessão, o
2º Tribunal do Júri de Goiânia condenou os réus a 17 e 15 anos de prisão,
respectivamente. O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Fernandes de
Oliveira.
Segundo denúncia, mãe e filho
abordaram a cozinheira, que trabalhava em uma pamonharia concorrente dos réus,
no setor Jardim América, em Goiânia, e a levaram a um matagal no município de
Abadia de Goiás, região metropolitana, onde foi torturada e baleada com seis
tiros. Ao fim, acreditando que a vítima estaria morta, os dois enrolaram o
corpo de Marizete em papel alumínio, jogaram álcool e atearam fogo. A
cozinheira, porém, conseguiu escapar rolando o corpo no capim molhado, e foi
socorrida por moradores ao ser encontrada em uma estrada local, sendo
encaminhada ao Hugo. No entanto, não conseguiu resistir aos ferimentos e morreu
dois dias depois.
A acusação, representada pelo
promotor Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, autor da denúncia, e pela promotora
Renata de Oliveira Marinho e Sousa, destacou a presença de qualificação de
motivação fútil, já que a cozinheira trabalhava em estabelecimento concorrente
ao estabelecimento dos réus, e de meio cruel, que causou intenso sofrimento
físico e psicológico da vítima e dificultando sua defesa. Segundo laudo, a
morte de Marizete se deu por descompensação metabólica provocada pelas
queimaduras e pelos ferimentos causados pelas perfurações dos disparos. Os
jurados rejeitaram a tese da defesa de que Sueide agiu sob o domínio de
violenta emoção frente à provocação da vítima e reconheceram as três
qualificadoras imputadas contra ela e outras duas contra seu filho.
O crime ficou bastante conhecido
como o ‘Caso da Pamonharia’, e teve ampla divulgação na mídia pela motivação
torpe do crime e sua desproporcionalidade.
Edição de texto: Bruno Corrêa -
Estagiário da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO / Supervisão: Ana
Cristina Arruda / com base em informações do site do TJGO
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