A empresa Soluções de Serviços
Terceirizados, conveniada com a Superintendência de Administração
Penitenciária, acaba de contratar novo fornecedor para fazer as refeições dos
reeducandos que cumprem pena na comarca de Itajá.
A medida foi tomada depois
que o promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte passou a investigar as
diversas reclamações sobre problemas com a alimentação, o que culminou com
vistoria pessoal e interdição, pela Vigilância Sanitária, do local do antigo
fornecedor. As principais reclamações referiam-se à presença de cabelo, pedra e
até formigas nas marmitas, que também era servida com carnes cruas e com mau
cheiro.
Cartas dos reeducandos à direção do presídio denunciam a reutilização
de alimentos de um dia para outro, arroz e feijão fora do ponto, e relatam
sintomas de fraqueza e mal-estar, documento que foi encaminhado à Promotoria de
Justiça local. A própria direção concordou que as reclamações eram procedentes,
chegando a entrar em contato com os responsáveis pela confecção das refeições,
inclusive pela alimentação não estar de acordo com o cardápio fornecido pela
empresa.
O promotor, portanto, abriu um
procedimento para fiscalizar e acompanhar o fornecimento de alimentos aos
presos. Conforme esclarece o promotor, a alimentação antes era produzida na
unidade prisional e, atualmente, é fornecida pela Soluções de Serviços
Terceirizados, por meio de convênio. No curso das investigações, ele descobriu
que a empresa tinha subcontratado uma parte do serviço e que os problemas
apurados ainda persistiam.
Uma vistoria da Vigilância
Sanitária, realizada no começo desde mês com a presença do promotor e sua
equipe, constatou a precariedade do local onde eram armazenados e distribuídos
os alimentos dos internos. Além da falta de higiene, foram encontrados alimentos
deteriorados e mal acondicionados.
Cristiani Honório / Assessoria de
Comunicação Social do MP-GO -
Fotos: arquivo da Promotoria de Justiça de Itajá
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