Polícia Federal cumpriu mandado
de busca e apreensão na casa de João Teixeira de Faria, conhecido
como João de Deus, na manhã desta quarta-feira (7), em Anápolis.
De
acordo com o promotor de Justiça Luciano Miranda, que acompanhou todo a ação,
foram apreendidos documentos, extratos bancários, arma de fogo e munição.
João de Deus já foi denunciado 11
vezes. Ele é réu em nove casos, sendo dois deles por posse ilegal de armas de
fogo e munição. De acordo com Miranda, o Ministério Público avalia a
possibilidade de oferecer uma nova denúncia contra João de Deus por posse
ilegal de arma de fogo.
Segundo o promotor, entre os
documentos encontrados, há duas carteiras funcionais – uma de agente prisional
e outra da inteligência da Polícia Militar. Como não há, até o momento, nenhum
registro de que João de Deus tenha atuado em qualquer um desses cargos, os
investigadores irão analisar os documentos para verificar se são falsos e qual
a origem.
“Ele se diz analfabeto. Até onde
o Ministério Público sabe, ele nunca foi agente prisional, nem policial
militar”, afirmou Miranda.
O G1 entrou em contato,
por telefone, com o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça, que assumiu
recentemente a defesa de João de Deus. Segundo Mendonça, a defesa não tinha conhecimento
do mandado de busca e apreensão e ainda não foi intimada em relação a esse
caso.
A reportagem entrou em contato
com o major Samir Chaúd, porta-voz da Polícia Militar de Goiás, sobre a
carteira com nome e foto de João de Deus como integrante da inteligência da PM.
Por meio de nota, Chaúd informou que a Polícia Militar "desconhece a
autoria ou origem de tal documento e não reconhece sua validade".
Já a Diretoria Geral de
Administração Penitenciária (DGAP), informou, em nota, que somente a Polícia
Civil poderá dizer se a carteira de agente prisional é falsa ou não, após a
realização de perícia, e afirmou que João de Deus não é servidor do órgão.
Carteira de agente prisional em
nome de João Teixeira de Faria — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A residência onde os documentos
foram encontrados já havia sido alvo de busca e apreensão pela polícia. A nova
busca foi autorizada pelo Poder Judiciário de Anápolis, após o Ministério
Público de Goiás receber uma denúncia de que haveria armas e dinheiro na residência.
No local, além da arma de fogo e
munição, foram encontrados extratos bancários que também serão analisados. Não
foi encontrado dinheiro em espécie na casa.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário