Padre Robson. Foto: Reprodução |
Uma verdadeira demonstração de Fé
foi denotada na noite desta sexta-feira, 06, em Missa Campal Celebrada pelo Padre
Robson, Reitor do Santuário Basílica da Cidade de Trindade, Região
Metropolitana de Goiânia. A Missa foi concelebrada, pelo Padre José Bento,
Missionário Redentorista, Pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, localizada
na Avenida Brasília, Parque Bandeirante em Rio Verde. Outros vários Sacerdotes,
Irmãos e Diáconos participaram da celebração Eucarística, a qual arrebanhou Milhares
de Fiéis aglomerados no Estacionamento do Estádio Mozart Veloso do Carmo. A
Missa deu Início à Tradicional Festa Paroquial realizada pela Paróquia pertencente
aos Missionários Redentoristas.
Milhares de Fiéis Participaram do Evento |
Padre Robson durante a Homilia. Foto: Cas Rodrigues |
Após o evento, Padre Robson foi
recepcionado por muitos fiéis que queriam tocá-lo, ou apenas registrar uma
simples fotografia, para guardar de lembranças, para as gerações futuras, ou
até mesmo, motivo de Ego, por se tratar de uma pessoa Carismática e bastante
conhecida em todo o Brasil. Com forte esquema de segurança, Padre Robson, foi
aplaudido por milhares de Fiéis que o
aguardavam sair do local onde foi realizada a celebração Eucarística.
AÇÃO SOCIAL
Após a Celebração da Missa, foi
realizada em tendas montadas na Porta da Igreja uma Grande festa Social com o
objetivo ímpar de arrecadar fundos para a reforma do Prédio da Paróquia.
Centenas de pessoas estiveram ali presentes, com comidas típicas e leilões,
sendo que uma simples torta de chocolate foi arrematada por bem mais de R$
1.000,00 o que demonstra o comprometimento dos Fiéis Católicos com os Projetos
alavancados pela Ação Paroquial.
Momento ímpar da Missa: A Eucaristia. Foto: Cas Rodrigues |
Frei Rinaldo Stecanela. Foto: Léo Moura |
Painel Redentorista. Foto: Reprodução Portal Pai Eterno |
COMO SURGIU A MISSÃO REDENTORISTA
NO BRASIL
“Cristianizar a Romaria do
(então) Barro Preto”. Foi com esse objetivo que o bispo de Goiás, Dom Eduardo
Duarte da Silva, viajou até a Alemanha, por volta de 1891, para solicitar
auxílio aos missionários da Congregação do Santíssimo Redentor. Essa história
de amor, dedicação e trabalho dos Missionários Redentoristas em Goiás começou
em 12 de dezembro de 1894, quando fixaram residência em Campininha das Flores,
hoje Campinas, bairro da capital Goiânia (GO).
Em 29 de Maio de 1895, aconteceu
a entrada oficial dos Missionários Redentoristas em Barro Preto, mas só em 1924
os religiosos passaram a ter residência fixa na cidade, que nessa época já era
conhecida como Trindade. A presença dos Missionários Redentoristas, padres e
irmãos, e do espírito de Santo Afonso de Ligório, fundador da congregação, aos
poucos transformou a fisionomia das Romarias, iniciando um processo de educação
na fé dos fiéis, criando novas comunidades, auxiliando na organização eclesial
da diocese, instituindo novas paróquias e atendendo, sem medir esforços, a todo
o povo de Deus, sem se importar com a distância.
Dom Eduardo Duarte da Silva
assumiu a pastoral da Diocese de Goyaz em 1891. Conheceu a realidade do povo do
sertão e, com especial atenção, preocupou-se com a pastoral da Romaria do Barro
Preto, que reunia muita gente no primeiro final de semana de julho e que não
recebia a devida assistência por parte da Igreja. O bispo foi à Europa em busca
de uma congregação religiosa para atender a romaria, realizar as santas missões
na região sul da diocese e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de
Campininhas de Goiás, hoje Goiânia.
Visitou diversos superiores de
congregações religiosas, entre eles o então Superior-Geral dos Redentoristas,
Pe. Matias Raus, mas não obteve resposta positiva. Dom Eduardo já estava
bastante desanimado. Segundo Mons. Francisco Ignácio de Souza, que acompanhou a
viagem do bispo, naquela noite o Pe. Matias teve um sonho com o fundador da
congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. No dia seguinte, procurou por Dom
Eduardo e recomendou que fosse a Baviera e lá conversasse com o Superior
Provincial, Pe. Antônio Shopf, que iria enviar o grupo de missionários para
Goiás.
Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou
os detalhes da viagem do grupo ao Brasil. Logo, tomou conhecimento que metade
daquele grupo deveria ficar em São Paulo. Para Goiás, os designados foram:
Gebbardo Wiggerman (Superior), João da Mata Spath, Miguel Siebler e o clérigo
Lourenço Hubbauer, além dos irmãos Norberto Waggenlehner, Ulrico Kammeier,
Gebardo Konzet e Floriano Grilhist.
O grupo de missionários pioneiros
reuniu-se no convento bávaro de Gars, em 20 de setembro de 1894, e receberam a
visita do Superior-Geral, com orientações sobre os desafios que iriam enfrentar
no Brasil. Pe. Matias deixou uma bênção que certamente era a bênção do próprio
Afonso de Ligório, o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, para os
mais abandonados, os esquecidos das montanhas de Nápoles, e (por que não?) do
sertão brasileiro. Esta foi a impressão do próprio chefe da missão, Pe.
Gebardo, um ano após sua chegada ao país: “Estou seriamente tentado a afirmar
que a Congregação foi fundada especialmente para o Brasil”.
Foram 16 dias de viagem. A
chegada ao Rio de Janeiro aconteceu em 21 de outubro daquele ano. Os que iam
para Goiás partiram do Rio em 5 de novembro. Seguiram de trem para Uberaba, na
companhia de Dom Eduardo, em uma viagem de dois dias. Dali, partiram a cavalo
em 17 de novembro, rumo a Campininhas de Goiás, em uma viagem de 480
quilômetros, que durou 26 dias.
Por Sousa Filho
Histórico Redentorista: Portal Pai Eterno