quarta-feira, 21 de maio de 2014

POLICIA OUVE NESTA QUARTA ACUSADO DE OCULTAÇÃO DE CORPO NO CASO BERNARDO.


Evandro Wirganovicz foi visto próximo ao local onde menino foi enterrado.
Irmão de assistente social também foi denunciado pelo Ministério Público.
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Último suspeito preso no caso do assassinato do menino Bernardo Boldrini, Evandro Wirganovicz será ouvido na tarde desta quarta-feira, 21,  pela Polícia Civil de Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Denunciado por ocultação de cadáver, o homem preso no dia 10 de maio vai prestar depoimento às 14h.

Evandro é irmão da assistente social Edelvani Wirganovicz, denunciada pelo Ministério Público por homicídio qualificado juntamente com o pai da vítima, Leandro Boldrini, e a madrasta da criança da criança, Graciele Ugulini. Os três estão presos desde o dia 14 de abril, quando o corpo de Bernardo foi encontrado enterrado em um matagal em Frederico Westphalen dez dias após sua morte

De acordo com testemunhas, o carro de Evandro foi visto dias antes do homicídio, a cerca de 50 metros do local onde foi feita a cova em que Bernardo foi enterrado. Há cerca de dez dias, a polícia foi até o presídio de Três Passos, onde Evandro está preso, para ouvi-lo, mas ele se manteve em silêncio. O advogado informou que seu cliente só falaria com o uso do detector de mentiras. O local onde vai acontecer o depoimento não foi confirmado pela Polícia Civil.

 Indiciamentos
 
O pai, a madrasta e a assistente social foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, com os qualificadores "mediante paga ou promessa de recompensa, motivo fútil, meio insidioso, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima", conforme a polícia, e ocultação de cadáver.

Leandro Boldrini: atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ele também auxiliou na compra do remédio Midazolan em comprimidos, fornecendo a receita azul. Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune.

Graciele Ugulini: mentora e executadora do delito de homicídio, bem como da ocultação do cadáver.



Entenda

 
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo, 6, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. 

Na segunda-feira,14, o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. 

A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
Fonte: G1